Quem sou eu

Minha foto
Sou um Jovem seguidor de Dom Bosco “Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta... Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo." Fernando Pessoa

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Beatificados: Luís Martin e Zélia Guérin, pais de Sta. Terezinha do Menino Jesus.




Beatos Luís (1823-1894) e Zélia Martin (1831-1877)

Bem-aventurados Luís e Zélia
“O Bom Deus me deu um pai e uma mãe mais dignos do Céu que da terra” Santa Teresinha (Carta de 26.7.1897)
Realizou-se na Basílica de Lisieux, na França, na manhã do dia 19 de outubro de 2008, domingo, entre 12.000 e 15.000 católicos de vários países participaram da cerimônia de beatificação de Louis e Zélie Martin, os pais de Santa Teresa do Menino Jesus. O rito foi presidido pelo bispo de Bayeux-Lisieux, Dom Pierre Pican.
A fórmula de beatificação foi proferida pelo prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins.
BIOGRAFIA:
Ele era relojoeiro; ela rendeira: de origem burguesa, santos por eleição. São eles: Luís Martin (1823-1894) e Zélia Guérin (1831-1877) os pais de Teresa do Menino Jesus. É o segundo casal de esposos depois de Luís e Maria Beltrame Quattrocchi, beatificados em 2001 por João Paulo II que é elevado às honras dos altares.

Ambos eram filhos de militares e foram educados num ambiente disciplinado, severo, muito rigoroso e marcado por um certo jansenismo ainda rastejante na França da época. Os dois receberam uma educação de cunho religioso: nos Irmãos das escolas cristãs, Luís; nas Irmãs da adoração perpétua, Zélia. Ao terminar os estudos, no momento de escolher o próprio futuro, Luís orientou-se para a aprendizagem do ofício de relojoeiro, não obstante o exemplo do pai, conhecido oficial do exército napoleónico. Zélia, inicialmente, ajudava a mãe na administração da loja de família. Depois, especializou-se no “ponto de Alençon” na escola que ensina a tecer rendas. Em poucos anos os seus esforços foram premiados: abriu uma modesta fábrica para a produção de rendas e obteve um discreto sucesso.

Ambos nutrem desde a adolescência o desejo de entrar numa comunidade religiosa. Ele experimentou pedir para ser admitido entre os cónegos regulares de Santo Agostinho do hospício do Grande São Bernardo nos Alpes suíços, mas não foi aceite porque não conhecia o latim. Também ela tenta entrar nas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas compreende que não é a sua estrada.

Durante três anos Luís vive em Paris, hóspede de parentes, para aperfeiçoar a sua formação de relojoeiro. Naquele período foi submetido a muitas solicitações por parte do ambiente parisiense impregnado de impulsos revolucionários. Aproximou-se até de uma associação secreta, mas afastou-se imediatamente. Insatisfeito com o clima que se respirava na capital, transferiu-se para Alençon, onde iniciou a sua actividade, conduzindo até à idade de 32 anos um estilo de vida quase ascético. Entretanto, Zélia, com a receita da sua empresa, manteve toda a família, vendendo rendas para a alta sociedade parisiense. O encontro entre os dois acontece em 1858 na ponte de São Leonardo em Alençon. Ao ver Luís, Zélia percebeu distintamente que ele seria o homem da sua vida.

Após poucos meses de noivado, casam. Conduzem uma vida conjugal no seguimento do Evangelho, ritmada pela missa quotidiana, pela oração pessoal e comunitária, pela confissão frequente, pela participação na vida paroquial. Da sua união nascem nove filhos, quatro dos quais morrem prematuramente. Entre as cinco filhas que sobreviveram, está Teresa, a futura santa, que nasceu em 1873. As recordações da carmelita sobre os seus pais são uma fonte preciosa para compreender a sua santidade. A família Martin educou as suas filhas a tornar-se não só boas cristãs mas também honestas cidadãs. Aos 45 anos Zélia recebe a terrível notícia de que tinha um tumor no seio. Viveu a doença com firme esperança cristã até à morte ocorrida em Agosto de 1877.

Com 54 anos, Luís teve que se ocupar sozinho da família. A primogénita tem 17 anos e a última, Teresa, tem 4 e meio. Então, transferiu-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia. Deste modo, as filhas receberam os cuidados da tia Celina. Entre os anos de 1882 e 1887 Luís acompanhou as três filhas ao carmelo. O sacrifício maior para ele foi afastar-se de Teresa que entra para as carmelitas com apenas 15 anos. Luís foi atingido por uma enfermidade que o tornou inválido e que o levou à perda das faculdades mentais. Foi internado no sanatório de Caen. Morreu em Julho de 1894.

O MILAGRE: Pietro Schilirò, quinto filho de Valter e Adele Leo nasceu em 25 de maio de 2002 no hospital Saint-Gérard de Monza, na Itália. Da sala de parto foi levado imediatamente para a unidade de tratamento intensivo por uma grave insuficiência respiratória. Foi entubado e conectado a um respirador. Em 3 de junho, os médicos lhe declararam em perigo de morte. Seus pais chamaram o Pe. Antonio Sangalli, carmelita, de Monza, para batizar Pietro com urgência, e assim o fez. Com o consentimento de seus pais, realizou-se uma biopsia no bebê em 6 de junho para propiciar um diagnóstico. Isso implicava um grande risco para o pequeno Pe. Sangalli propôs então a seus pais, que conhecia desde há anos, que rezassem uma novena a Louis e Zélie Martin, e eles aceitaram, pedindo a numerosos parentes e amigos que se unissem a eles. O resultado da biopsia não foi bom. Contudo, os médicos se surpreenderam ao constatar que o menino suportava a ventilação dos pulmões sem sucumbir. O doutor D’Alessio, cirurgião do hospital de Legnano (Milão), declarou que o exame macroscópio se apresentava nas piores condições e que, em sua opinião, o estado de Pietro era desesperador. O doutor Capellini, do hospital de Monza, depois de examinar seu histórico, falou de uma má formação congênita devido a um insuficiente amadurecimento pulmonar. O doutor Zorloni advertiu a família do quadro mortal e que se extrairiam mostras post portem do recém-nascido para os exames futuros. A família e seus amigos começaram uma segunda novena. Em 13 de junho, após a oração do rosário, Pe. Sangalli reiterou o pedido a Louis e Zélie Martin para fazer-lhes conhecer a vontade de Deus e para curar o menino. Em 2 de julho, o respirador foi retirado do bebê e em 27 abandonou o hospital. Tinha 33 dias. Em 14 de setembro, Pietro foi levado à paróquia de Monza para receber os ritos complementares ao batismo em presença de 400 pessoas que deram graças. Muitos médicos aconselharam seus pais que uma comissão da Igreja examinasse o caso de seu filho. De 31 de dezembro de 2002 a 3 de janeiro de 2003, a família Schilirò, com Pietro, de sete meses; o padre Sangalli, que se converteu em vice-postulador da causa dos esposos, e um grupo de peregrinos italianos foram a Lisieux para agradecer. Em 10 de junho de 2003 (após a intervenção de dezenas de testemunhos, entre eles sete médicos), na capela do arcebispado de Milão, o cardeal arcebispo reconheceu a origem milagrosa desta cura. Bento XVI, em uma carta de preparação do VI Encontro Mundial das Famílias, apresentou Marie Zélie Guérin e Louis Martin como “modelos exemplares de vida cristã para as famílias de hoje”.

Primeira festa litúrgica dos pais de Santa Teresinha
LISIEUX, julho de 2009.

O arcebispo de Milão, o cardeal Dionigi Tettamanzi, presidiu, neste domingo, 12 de julho de 2009, em Lisieux, França, a primeira festa litúrgica dos esposos Louis (1823-1894) e Zélie (1831-1877) Martin. O cardeal Tettamanzi foi quem iniciou o processo para examinar a cura inexplicável de um bebê, Pietro Schilirò, de Monza, aprovada pela congregação romana para as causas dos santos para o processo de beatificação. O reitor do santuáio de Lisieux, Dom Bernard Lagoutte, também convidou as famílias a participar desta celebração, com o conselho do pai de Teresa: “Seja feliz”. A missa aconteceu às 10h30 na basílica do Santuário de Lisieux. A data de 12 de julho foi escolhida para celebrar a festa litúrgica dos esposos Martin por ser o aniversário de seu casamento, em Alençon, à meia-noite de 12 de julho de 1858, na igreja de Notre-Dame.

Beato Luis e Zélia Martin, rogem por nós!

Santa Terezinha, rogai por nós!

FONTES: http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints, http://casaiscarmelitas.blogspot.com/

Nenhum comentário: